A Casa Palissy Galvani (em nome individual), foi criada em 1895. Estava a trabalhar com a mais moderna tecnologia. É normal que procurasse um nome comercial que homenageasse, segundo o seu fundador, os pioneiros e impulsionadores da aplicação desta forma de energia, que estava a revolucionar completamente o modo e a qualidade de vida da Humanidade.
Os produtos que comercializava eram os equipamentos eléctricos já existentes (lâmpadas, pilhas voltaicas, interruptores, campaínhas…) e isolantes (cerâmicas refractárias, ebonites, micas…).
A escolha incidiu em Bernard Palissy e Luigi Galvani.
O primeiro, ceramista do séc. XVI, apaixonado estudioso da natureza, das ciências naturais e da origem dos fósseis, viveu obcecado pela perfeição na produção de vidragem cerâmica, levando-o a pôr em risco a sobrevivência da própria família. Foi posteriormente adoptado por Catarina De Medicis e levado para Paris onde pode desenvolver os seus estudos e criar o estilo “Palissy” com a introdução de animais e elementos da natureza na decoração das suas obras (ver Curiosidades). Os seus estudos viriam a influenciar para sempre a técnica de vidragem de cerâmica e a sua durabilidade.
Luigi Galvani (2ª metade do séc. XVIII) era fisiologista, médico, investigador e professor de anatomia, entre outras actividades científicas. Foi a realizar experiências de anatomia com rãs que concluiu que a corrente eléctrica tinha origem nos músculos animais. Descobriu a “bioelectricidade”.
É importante perceber que no séc. XVIII vários cientistas (Von Kleist, Leiden, B. Franklin, Priestley, Coulomb, …) trabalhavam e estudavam a electricidade, mas essencialmente moviam-se no mundo da electricidade estática.
Não sendo físico, Galvani manteve-se intransigente quanto à unicidade da sua teoria, fazendo com que um outro cientista, físico notável, fosse desafiado a provar que não era só em meio orgânico que se produzia electricidade.